Cultura de agência. O que eu aprendi.
Três principais aprendizados conversando com lideranças nacionais de publicidade
Segunda, 09 de setembro de 2024.
Ed. 75. Ano II.
Eu imagino que você saiba que eu fiz uma temporada inteira no meu podcast falando sobre cultura de agência (eu escrevi isso só pra poder linkar e caso você não soubesse ir lá ouvir rs)
Lá eu conversei com 10 lideranças, de 10 agências nacionais de publicidade. Desde as mais tradicionais, até as mais recentes e disruptoras do modelo de trabalho. Todas responderam a mesma pauta.
E eu tinha certeza que a temporada seria assim, porque eu sabia que as respostas seriam muito diferentes. E hoje eu vim dividir rapidamente 3 grande conhecimentos macro que eu tirei dessa temporada sobre cultura, aprendendo com essas lideranças.
1º O crescimento é uma obstáculo pra cultura.
Claro, nem todos foram categóricos em afirmar que crescer impede que você tenha uma cultura sólida. Mas sem dúvidas o crescimento foi o desafio mais apontado por essas lideranças, para você sustentar a cultura que você idealizou. Crescer pressupõe inquietude, desacomodações. E vivemos em uma indústria que, por estar tão próxima ao motor do capitalismo, cobra performance e crescimento a todo momento.
Então como aceitar que aquela cultura que você imaginou para o lugar que você criou com 30 pessoas, não vai ser a mesma para 60 pessoas. E pra 150. E quando estamos falando então de 500 pessoas trabalhando juntas. É lógico que esse crescimento, especialmente quando é exponencial e rápido como alguns dos exemplos da temporada, isso traz ainda mais desafios.
Contudo, certamente não é um obstáculo intransponível. O maior aprendizado aqui é entender a cultura como algo vivo, e que, inevitavelmente, vai se transformar. Se você se agarrar a um puritanismo cultural, de que aquela cultura idealizada no começo precisa perdurar pra sempre, dificilmente vai ser uma batalha possível. AGORA, sustentar alguns inegociáveis, é uma forma muito mais saudável de lidar com as mudanças inevitáveis.
2º Sim. A rotatividade é um problema.
Essa é uma batalha que venho travando há anos, mas eu sei que é perdida. Entender a rotatividade do mercado de publicidade como um problema, e não apenas uma característica dada do nosso mercado.
Apresentar uma cultura pra uma pessoa, e dar o tempo pra ela absorver a cultura corporativa de um lugar pode levar tempo. E o tempo médio de permanência dos profissionais de publicidade em cada lugar é de 1 ano e meio.
Agora imagine você quando estamos falando de lideranças. Que guiam a forma como cada agência lida com clientes, marcas e tudo mais. Quando falamos de liderança precisamos repensar a retenção, do contrário, a sustentação de uma cultura longeva fica muito mais complexa.
3º Dá pra ter uma cultura sólida, mesmo com tanta gente trabalhando junta
Essa eu confesso que foi uma surpresa ao longo das gravações. Eu tava certo que aquele papo que sempre foi vendido na publicidade, de que é possível ter uma única cultura mesmo em empresas com 150, 200, 400 pessoas, era uma grande falácia corporativa.
E eu achei que seria uma grande descoberta do podcast (pretensão a minha, eu sei rsrs). É bem verdade que nem todo mundo foi unânime nessa, mas a maioria das lideranças afirmou que mesmo em empresas de grande porte, é possível você sustentar uma única cultura. Mesmo se criando pequenos outros grupos, e pequenas “outras agências” dentro de uma só, tendo guias de cultura e pontos de coesão entre as pessoas, é possível manter essa comunidade unida e com uma única sensação de pertencimento. E isso, de fato, é muito importante pra uma equipe que precisa de muito alinhamento diário.
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Além desse eu tive diversos outros aprendizados que quero mapear mais a fundo ao longo das próximas temporadas e talvez até numa palestra. Se você ouvir e quiser dividir o que mais te chamou atenção, é só responder essa news que cai direto na minha caixa.
Até semana que vem.
NÃO ACABA AQUI.
Nesta edição, além desse texto autoral ainda tem 8 links do que de mais importante aconteceu no mercado de publicidade pra você que não teve tempo de se atualizar. Considere assinar essa newsletter por apenas 5 reais mês (uma coquinha zero).
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