Propaganda não é só isso aí NEWS.

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Eu só queria trabalhar, e não criar conteúdo sobre meu trabalho.

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Nem todo mundo deveria virar criador de conteúdo.

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Lucas Schuch
ago 05, 2024
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Eu só queria trabalhar, e não criar conteúdo sobre meu trabalho.
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Segunda, 05 de agosto de 2024.
Ed. 71. Ano II.

Primeiro é importante deixar registrado: eu sou um grande fã da Creator Economy. Contudo, como tudo na vida, ela também traz alguns traços que deveríamos ficar alertas. E certamente acho que um deles é a sobrecarga de profissionais que não queriam tornar suas vidas no trabalho públicas, em fazê-lo.

Eu estava passeando dia desses pelo maravilhoso vale assombrado do LinkedIn, e lá estava um monte de conteúdos que nitidamente foram criados pela pura necessidade de postar. E eu não estou falando necessariamente de pessoas que estavam em busca de emprego, mas daquelas que precisavam postar porque se criou a ideia de que sua vida online é seu portfólio, e você só está prosperando no trabalho se está postando. Isso também é um pouco dos traços do nosso tempo sem pleno emprego, então, como você pode ficar sem emprego amanhã, tem que estar com tudo em dia para se candidatar a outra vaga.

Boa parte dessa saturação que vemos da Creator Economy, eu atribuo (com dados que tirei do $%) a essa vida profissional online compulsória. E inclusive coloco nisso um pouco da responsabilidade por estarmos tão saturados de conteúdo, e redes que eram originalmente pensadas para serem orgânicas, como o Instagram, virarem plásticas. Parece que toda bio começa com um “te ajudo a…”, sabe?

Você tem que estar sempre postando qual foi sua última realização no trabalho, o seu novo case de sucesso, uma reflexão que aprendeu depois de um determinado tempo, ou um texto “o que podemos aprender com…”. A obrigação de sermos profissionais online consome nossa vida orgânica online. Ah, e mais importante: o seu “trabalho original” não para enquanto você cria conteúdo sobre ele, né? Vem daí a sobrecarga.

Recentemente (coisa de 6 meses atrás) eu "resolvi” isso criando um perfil fechado, só para amigos pessoais (sim, essas bolhas do trabalho e vida pessoal se cruzam eventualmente). Mas esse movimento me garantiu a tranquilidade de postar coisas sem muito filtro. Sem pensar se um chefe estava vendo e, também, sem me preocupar em repercutir lá o que de interessante eu estava fazendo no trabalho, pensando em futuras contratações. Lá, eu posso ser um Lucas sem trabalho, e isso é uma delícia de verdade, eu te garanto.

O louco é que eu não acho que deveríamos precisar dessas alternativas para poder sermos nós mesmos, sabe? E, especialmente, o que mais me pega sempre nessa discussão: como fica a vida profissional de pessoas introvertidas e discretas? Porque isso não deveria qualificar um profissional como bom ou ruim, a sua proximidade com a criação de conteúdo. Inclusive, por entender o trabalho que dá criar conteúdo, penso que o profissional mais qualificado talvez seja aquele que não cria conteúdo e está usando esse tempo se especializando no seu ofício primeiro, e não em um segundo de conteudista online. Pensando pensamentos aqui. Até semana que vem.

NÃO ACABA AQUI.

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